A tarifa de
ônibus no Rio de Janeiro passou de R$ 2,75 para R$ 2,95, a partir da 0h01 deste
sábado (1º), três dias depois de o prefeito Eduardo Paes (PMDB) publicar
decreto no Diário Oficial do Município unificando o preço das passagens. Com
isso, os ônibus urbanos refrigerados são obrigados a cobrar o mesmo valor em
relação aos veículos que não possuem ar-condicionado.
Anteriormente,
a tarifa desses veículos diferenciados variava de R$ 2,85 a R$ 5,40, de acordo
com a empresa responsável pela linha. Com a instituição da tarifa única na
cidade, apenas os ônibus rodoviários com ar-condicionado (frescões) terão
tarifa diferenciada.
O reajuste,
anunciado em outubro do ano passado, estava previsto para ultrapassar os R$ 3,
o que poderia fazer do Rio o município com a tarifa de ônibus mais cara do
Brasil. Em São Paulo, a passagem custa R$ 3 –o valor deve subir para R$ 3,20 no
domingo (2).
Segundo os
cálculos da prefeitura do Rio, a tarifa única deve beneficiar 5 milhões de
passageiros que utilizam o transporte público com ar-condicionado. O decreto de
Paes ainda anuncia que a Secretaria Municipal de Transportes pretende adotar o
ar-condicionado em toda a frota de ônibus da capital.
De acordo com
o contrato de concessão, o reajuste anual da tarifa deveria ter sido concedido
em 1º de janeiro deste ano. No entanto, a Prefeitura do Rio decidiu adiar o
aumento após solicitação do governo federal, que estava preocupado com o
impacto do reajuste das passagens de ônibus na inflação no início do ano. A
Prefeitura de São Paulo também adiou o aumento da tarifa dos ônibus municipais
a pedido do governo federal.
O reajuste da
tarifa foi calculado com base em índices da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cuja fórmula está
prevista no contrato de concessão. O cálculo foi feito a partir da variação de
preço dos itens que compõem a planilha tarifária, como insumos (pneus,
combustível, etc.) e mão de obra. Além disso, foi considerada a unificação da
tarifa dos ônibus urbanos com e sem ar-condicionado e a desoneração do
PIS/CONFINS para operadores de transportes de passageiros, anunciada pelo
governo federal.
Fonte: Uol Noticias
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