23 de mai. de 2013

Após morte de criminoso, comércio e escola do Alemão são fechados



Após a morte de um criminoso na noite de quarta-feira (22) no Conjunto de Favelas do Alemão, na Penha, Zona Norte do Rio, o comércio da região e algumas escolas amanheceram fechados na manhã desta quinta (23). De acordo com o chefe do comando das UPPs, coronel Paulo Henrique, o comércio da Vila Cruzeiro também estava fechado na manhã desta quinta.

O coronel Paulo Henrique disse que o fechamento do comércio e das escolas nas comunidades se deve à "demonstração do descontentamento dos traficantes de drogas com a ação da polícia". "São décadas de domínio do crime organizado e a cultura do medo [por parte dos moradores e comerciantes] ainda permanece", disse o coronel.
O chefe do comando das UPPs afirmou ainda que "a polícia está tentando alterar a rotina dessas pessoas, mas que isso [a alteração] não se dá de um dia para o outro".

A secretaria de Educação confirmou, por volta das 10h40, que a Escola Municipal Mourão Filho, na Rua Maquinista Aristóteles Ferreira, está fechada.
Uma aluna da Escola Estadual Jornalista Tim Lopes contou que os moradores receberam um toque de recolher com a informação de todos teriam que estar em casa até 12h. A diretora da instituição disse que a escola está aberta, mas não informou se as aulas estão confirmadas.
O comércio próximo a Rua Joaquim Queiroz, principal acesso da Grota, está fechado. O posto de cadastramento do Bolsa Família, ao lado da Estação Alemão do teleférico, interrompeu o atendimento às 9h.

Na noite de quarta, um homem morreu após troca de tiros entre policiais militares e criminosos da região. O tiroteio teria começado depois de o rapaz passar, em grupo, na frente de agentes do Regime Adicional de Serviço (Ras) em uma localidade considerada estratégica pela polícia, já que dá acesso a diversos lugares do conjunto, conhecida como Cufa.

Ainda de acordo com a polícia, a perseguição seguiu até a região do Areal, onde o rapaz foi baleado. No tiroteio um homem, identificado como Anderson Simplício de Mendonça, de vulgo ‘Orelha’, de 29 anos, foi baleado e socorrido pelos policiais que o levaram para a UPA do Alemão, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu. Com Anderson foi apreendido um revolver 38, 2 cartuchos de AK 47, 20 munições do calibre 7,62 e 8 do calibre 38. O caso está sendo investigado pela 22ª DP (Penha).
O policiamento foi reforçado dentro da comunidade e nos arredores do Complexo do Alemão. Policiais montaram blitzes e fizeram revistas.
Armamento:
Quanto às armas nas comunidades, o coronel Paulo Henrique disse que a polícia ainda faz varreduras e que não se pode fechar os olhos para a entrada de armamento nas comunidades.
Os confrontos entre bandidos e policiais no Complexo do Alemão têm sido frequentes nos últimos meses. No início de maio, um traficante morreu depois de trocar tiros com policiais na localidade conhecida como Pedra do Sapo. Em março, PMs da UPP também foram alvo de disparos de criminosos na mesma região. Na época, ninguém ficou ferido e não houve prisões. A situação tem deixado a população apreensiva. “Eu só queria uma solução, a gente não aguenta mais isso”, contou uma moradora.
Fonte: g1.com

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